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Problemas com higiene e drogas em três saunas de Madrid

Três ex-trabalhadores de três saunas gay da capital espanhola decidiram denunciar o que entendem ser uma “situação insustentável”. A queixa apresentada às autoridades espanholas menciona tráfico de droga (cocaína e haxixe), irregularidades laborais, falta de higiene e bichos nos estabelecimentos madrilenos.

“A água da piscina não é mudada há dois anos”, afirma em declarações ao El Mundo Omar Salvatierra, um dos empregados despedidos após quatro anos de trabalho. “Ali existe todo o tipo de fluidos humanos: urina, sémen,... porque os clientes têm relações sexuais no local”, acrescenta.

As três saunas alvo das denúncias são a sauna Príncipe (localizada perto da Gran Via e a primeira dedicada ao público bear), a sauna Paraíso (uma das mais antigas de Madrid) e a sauna Octopus (frequentada por um público mais jovem).

Fernando Álvarez, corrobora a versão sobre as condições da água das piscina “nunca vi mudarem a água”. Segundo o ex-trabalhador “às vezes havia produtos fora do prazo de validade, incluindo preservativos” e acrescenta que “num bom dia de negócio podiam chegar a passar mais de mil clientes” por estas saunas.

De acordo com o El Mundo, após a denúncia, a Câmara de Madrid efectuou novas inspecções que não detectaram anomalias na qualidade da água. No entanto, outro dos ex-empregados das saunas que pertencem todas ao mesmo grupo (Desarrollos Empresariales Mojácar, S.L), denuncia que não existia “livro de reclamações nem eram passados recibos aos clientes”.

Caso Morangos: Associações apelam ao envio massivo de mensagens de protesto para TVI (actualizada)

Dez colectivos LGBT estão a apelar ao envio massivo de uma mensagem de protesto à TVI, à produtora Plural e ao grupo Media Capital pela censura ao beijo entre Fábio e Nuno na série "Morangos com Açúcar".

“Entendemos não existir justificação para a não emissão de qualquer conteúdo que expresse a diversidade de afectos e relacionamentos que existem na sociedade, tendo em conta os critérios avaliados para o horário e público a que se destina a série, mas sempre com respeito pelo compromisso de igualdade consagrado na Constituição da República Portuguesa (Art. 13º), no Tratado da União Europeia (Art. 10º) e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (Art. 21º), que no caso aqui apresentado se relaciona directamente com um tratamento desigual baseado na orientação sexual das personagens”, pode ler-se em comunicado enviado à comunicação social.

O comunicado subscrito por AMPLOS, ATTAC, ILGA Portugal, não te prives, Panteras Rosa, PolyPortugal, PortugalGay, rede ex aequo, Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens e UMAR salienta ainda o papel da série: “Tratando-se de uma série de jovens para jovens, em emissão desde 2003, com um público substancial que encontra nela um retrato das vidas de sucesso, complicações, dramas e conquistas da juventude portuguesa, compreendemos ser importante que o desenvolver da série “Morangos com Açúcar” seja inclusivo e se estenda sem discriminações à realidade de jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros em Portugal.”

 

 

O que diz a TVI

A TVI, em resposta à carta endereçada pelos 10 colectivos, disse que era “fortemente irónico” que fosse acusada de contribuir para um “retrocesso civilizacional”. A estação, em declarações ao Meios & Publicidade, refere que “não podemos deixar de considerar fortemente irónico que sejam exactamente a TVI e a Plural que tanto têm feito, por vezes sozinhas, pela abordagem sensata e aberta de temas mais incómodos para a sociedade portuguesa, a serem considerados responsáveis de ‘retrocesso civilizacional’, o que refutamos liminarmente”. E acrescenta que a TVI e a Plural não abdicam do “direito, nem fogem da sua responsabilidade, de serem o último decisor em relação ao conteúdo das suas emissões no pleno exercício da sua liberdade artística e editorial”.

 

A carta do protesto

Os dez colectivos sugerem o envio para os e-mails relacoes.publicas@tvi.pt, geral@pluralportugal.pt e aesteves@mediacapital.pt da seguinte carta:

Carta Aberta Ao Director-Geral e Administrador da TVI Ao Director-Geral da Plural Portugal À Administração da Média Capital Assunto: Cancelamento, pela TVI, de uma cena de afectividade entre casal de namorados, na série "Morangos com Açúcar" 28 de Julho de 2010 Exmo. Sr. Bernardo Bairrão, Exmo. Sr. André Cerqueira Exma. Sr.ª Ana Esteves, Tomámos conhecimento, através de notícia publicada no Jornal de Notícias a 19 de Julho de 2010, da decisão de cancelar a emissão de uma cena de afectividade protagonizada por um casal de rapazes na série "Morangos com Açúcar". Segundo informa a mesma fonte, a cena, que inclui um beijo entre os dois rapazes, foi gravada pelos autores da série e rejeitada pela direcção de programas da TVI. Procuramos com a presente carta obter um esclarecimento quanto ao porquê desta decisão e alertar para o impacto extremamente negativo da mesma. Entendemos não existir justificação para a não emissão de qualquer conteúdo que expresse a diversidade de afectos e relacionamentos que existem na sociedade, tendo em conta os critérios avaliados para o horário e público a que se destina a série, mas sempre com respeito pelo compromisso de igualdade consagrado na Constituição da República Portuguesa (Art. 13º), no Tratado da União Europeia (Art. 10º) e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (Art. 21º), que no caso aqui apresentado se relaciona directamente com um tratamento desigual baseado na orientação sexual das personagens. Qual é a gravidade desta infracção? Tratando-se de uma série de jovens para jovens, em emissão desde 2003, com um público substancial que encontra nela um retrato das vidas de sucesso, complicações, dramas e conquistas da juventude portuguesa, compreendemos ser importante que o desenvolver da série “Morangos com Açúcar” seja inclusivo e se estenda sem discriminações à realidade de jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT) em Portugal. A visibilidade positiva e a informação correcta sobre orientação sexual e identidade de género são aspectos cruciais na desmistificação destes assuntos, na educação de mentalidades e no desenvolver de uma personalidade e capacidades sãs entre jovens com uma orientação sexual minoritária, que, infelizmente, não contam ainda com modelos positivos no seu dia-a-dia devido à discriminação e ao preconceito. A comunicação social e os média desempenham um papel importantíssimo nesta área, tendo o direito e o dever de retratar e noticiar, sem medo ou preconceito, mas com respeito e verosimilhança, as histórias desta camada da população, honrando e apoiando todos aqueles que ainda sofrem constantemente pelo preconceito direccionado pela sua orientação sexual ou identidade de género. A omissão de personagens LGBT e de cenas que retratem o dia-a-dia destas pessoas, com dúvidas e receios tão legítimos quanto os de seus pares heterossexuais, e que fazem parte da vida de milhares de jovens no nosso país, é absolutamente preocupante, descaracteriza a série em relação à sociedade que pretende retratar e isola muitas crianças e adolescentes que encontram um sinal positivo na história das personagens Nuno e Fábio e na aparente legitimidade que a TVI confere à mesma, revelando-se afinal discriminatória e incapaz de respeitar as vivências destes jovens no seu todo. Esta decisão reduz a existência e os sentimentos destes adolescentes e propicia a invisibilidade, veiculando a ideia de que são menos dignos que os seus pares heterossexuais, sentimentos e pensamentos que levam à instabilidade emocional e que poderão expressar-se no maior isolamento, insegurança, repressão, desrespeito próprio, auto-mutilação, tentativa e ideação de suicídio, como tem sido recentemente documentado. Vivemos numa época em que estão reunidas todas as condições para o apoio e o respeito às pessoas LGBT, e estamos certos/as que a sociedade portuguesa está mais do que preparada para assistir às imagens desta história de amor, que afinal é igual a tantas outras. Pedimos que não deixem de participar e de contribuir de forma positiva para esta educação de mentalidades, repondo a cena cujo cancelamento representa uma infracção das normas nacionais e internacionais dos direitos humanos e um sinal triste de retrocesso civilizacional. Com os nossos melhores cumprimentos, (O teu nome)

“Protege-te sempre que o Verão aquecer”

A Associação para o Planeamento da Família (APF) acaba de lançar a campanha de Verão 2010 de promoção do uso de métodos contraceptivos. Sob o mote “Protege-te sempre que o Verão aquecer”, a campanha, com duração até Setembro, tem como alvo os jovens entre os 15 e os 30 anos.

Com acções de rua nas praias e discotecas, e marcando presença nos vários festivais de Verão, através das sete delegações nacionais (Norte, Centro, Lisboa, Tejo e Sado, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores), a APF pretende chegar junto dos jovens e alertá-los para a importância da protecção.

O arranque oficial é hoje, dia 29 de Julho, com uma acção de rua às 15h00, em Marvila. Representantes da APF vão distribuir material promocional e prestar esclarecimentos à população. A acção culmina num churrasco no Bairro do Armador, em Chelas.

No Verão não é só o tempo que aquece, as sensações e os sentidos, também eles, sobem uns graus. Por isso, há que pôr alguma água na fervura e reforçar a ideia que Verão tanto rima com tentação como com protecção. É este o conceito por trás da campanha.

Com esta campanha, a APF pretende passar uma mensagem positiva, fresca e ao mesmo tempo de protecção, reforçando a importância das relações sexuais protegidas.

Primeiro torneio de equipas gay de rugby este fim-de-semana

A associação desportiva Boys Just Wanna Have Fun - Sports Club (BJWHF), recentemente criada e uma das presenças mais notórias do último Arraial Pride, organiza o primeiro torneio de rugby gay este fim-de-semana na capital.

A convite da equipa portuguesa Dark Horses, estarão em campo a equipa francesa de Montpellier, Los Valents, e os Straffe Ketten RFC de Bruxelas. Os jogos de Sevens decorrerão na próxima sexta-feira no campo do Complexo Desportivo do Jamor (Estádio Nacional) e o dia de Sábado será dedicado a jogos de beach-rugby na praia de Carcavelos. Os jogos decorrerão no período da manhã (das 10h às 13h) e ao final da tarde (17h às 19h).

Em comunicado à imprensa, a BJWHF informa que o objectivo principal da associação é “fomentar a prática desportiva de forma inclusiva e não discriminatória, independentemente da cor da pele, religião ou orientação sexual”. Está ainda prevista uma festa de encerramento do encontro Sábado à noite no bar Fiéis ao Bar do Rio, no Cais do Sodré.

O que Andy Warhol fez para a televisão

Andy Warhol é muito mais do que autor da mais famosa lata de sopa do planeta e autor da iconográfica banana. Warhol foi realizador, pintor, ilustrador, um dos principais impulsionadores do movimento pop art, artista plástico e ainda apresentador de vários programas de televisão nos Estados Unidos. É esta última vertente, que não costuma ser associada ao artista, que está em destaque na exposição Warhol TV que foi inaugurada esta segunda-feira no Museu Berardo, em Lisboa.

Warhol quis desde cedo através da sua obra democratizar a fama com a célebre expressão "um dia todos terão direito a 15 minutos de fama", tornando-se ele próprio um profeta de tendências e um guru da moda. Warhol gostava definitivamente de glamour e através da originalidade do que mostrava, do quotidiano ao excêntrico, procurava despertar o questionamento. Para o fazer de forma popular nada melhor do que a televisão, a ferramenta ideal para a promoção da arte e a transmissão do conceito lato de beleza que Warhol buscava incessantemente. Pelos seus programas de televisão passaram famosos da noite de Nova Iorque, artistas e as estrelas em ascensão.

Ao longo da exposição pode-se ver como Andy Warhol vivia fascinado pela criação entrelaçando moda, música, cinema, televisão e ainda o music hall. Exemplo disso são trabalhos tão diferentes, como anúncios protagonizados pelo próprio Warhol para a Coca-Cola ou TDK, as entrevistas que fazia tanto a travestis (no bar The Pyramid), a famosos (como Lisa Minelli, Steven Spielberg, Brooke Shields) ou até a anónimos (que passavam pela The Factory).

Warhol recusava-se a morrer, preferia "desaparecer". A exposição termina a relembrar esse momento em 1987, com imagens de um programa exibido na MTV. Até no momento da morte, foi tratado como um artista do mainstream.

A exposição estará patente até 14 de Novembro. A entrada é livre.

Paulo Monteiro

Afinal gays portugueses não vão poder doar sangue (nova actualização)

O Ministério da Saúde não vai adoptar as medidas contra a exclusão de homossexuais e bissexuais na doação de sangue, adianta a edição de hoje do Jornal de Notícias. Recorde-se que a Assembleia da República aprovou a 8 de Abril o diploma do Bloco de Esquerda que iria permitir que homossexuais e os bissexuais pudessem doar sangue. O diploma recomendava ao Governo a “adopção de medidas que visem combater a actual discriminação dos homossexuais e bissexuais nos serviços de recolha de sangue”. Fonte do Ministério da Saúde confirmou durante o dia de hoje à agência Lusa que a situação continuava inalterada, isto é, que homens que tenham sexo com outros homens não são, logo na fase de triagem, impedidos de doar sangue.

Durante uma visita a Barcelos, a ministra da tutela, Ana Jorge afirmou que “não há nenhuma discriminação do ponto de vista da orientação sexual” dos dadores de sangue. “Aquilo que está definido como boas práticas é que não há nenhuma discriminação do ponto de vista da orientação sexual. Aquilo que há é, de facto, um rigor grande em relação àquilo que são os comportamentos das pessoas que possam pôr em risco a vida das pessoas a quem se vai dar o sangue, independentemente de serem homo ou heterossexuais”, completou.

Já no início de Junho o deputado bloquista José Soeiro tinha questionado o governo sobre a concretização e aplicação da resolução aprovada pela Assembleia da República. Mas, até agora, ainda não obteve resposta. A proposta do Bloco recebeu em Abril os votos favoráveis das bancadas do BE, PCP, PEV, PS e PSD. O CDS-PP absteve-se com excepção do deputado João Rebelo que votou a favor. Ainda na bancada do partido de Paulo Portas, Teresa Caeiro e João Almeida apresentaram declarações de voto. Na bancada do PS, a deputada independente Teresa Venda absteve-se.

Reacção das associações LGBT

Entretanto, onze colectivos ligados aos direitos LGBT subscreveram um comunicado conjunto em que pedem que se ponha fim a este “folhetim”. “Não percebemos nem aceitamos que tal volte a acontecer. Já são demasiados anos em volta deste folhetim interminável que só acentua o preconceito e a desigualdade em volta das pessoas LGBT. Não se pode, por um lado, aprovar medidas que visem a promoção da igualdade e, por outro, perpetuar uma discriminação sem qualquer fundamento que põe de lado milhares de potenciais dadores quando existe sempre necessidade de sangue. Os avanços e recuos verificados nesta matéria somente contribuem para o aumento do estigma em relação às pessoas homossexuais que em nada favorece uma sociedade que se quer livre, inclusiva e democrática”, pode ler-se no comunicado. Os responsáveis referem ainda que “deverão ser os comportamentos de risco a determinar a exclusão da doação de sangue, sejam homens ou mulheres, homossexuais ou heterossexuais e não outro qualquer factor arbitrário e discriminatório que parte de pressupostos estereotipados”.

“A homossexualidade não é sinónimo de comportamentos de risco, tal como a heterossexualidade não é garantia da sua ausência! Quantas vezes teremos que o dizer?”, rematam. O documento foi assinado pela ATTAC, Ilga Portugal, Médicos pela Escolha, Não te prives, Panteras Rosa, Poly Portugal, Portugal Gay, SOS Racismo, UMAR  a que se somaram a rede ex aequo e a AMPLOS.

A polémica do Verão de 2009

No Verão do ano passado a discriminação foi relançada depois de Gabriel Olim, presidente do Instituto Português do Sangue dizer em entrevista ao jornal I que “quando uma pessoa se apresenta assumidamente como homossexual e quer dar sangue, eu interpreto como uma provocação. Quem quer vir dar sangue não vem com esta atitude”, referindo ainda que os homossexuais que pretendam dar sangue estão “deliberadamente [a] querer introduzir no circuito sangue contaminado”. A Associação ILGA Portugal considerou então que “a necessidade urgente de rever os critérios discriminatórios de pré-selecção do sangue para garantir que estes são incisivos em vez de reflectirem sobre generalizações baseadas no preconceito e que contribuem, simultaneamente, para a estigmatização dos homens homossexuais”.

Projecto Moda começa este Domingo

A estreia aguardada da versão portuguesa de Project Runway é este Domingo à noite na RTP1. O programa, que procura descobrir novos talentos na área do design de moda, tinha sido anunciado em Maio.

A apresentação está a cargo da modelo Nayma. O mentor que acompanhará os designers em ascensão será o director artístico Paulo Gomes. O júri português é composto pelo trio Manuel Alves (estilista), Fátima Cotta (directora da Revista Elle em Portugal) e Cristina Pinho (Directora de Desenvolvimento de Produto Modalfa) que vai escolher o melhor designer de moda entre os 10 candidatos portugueses.

Um estágio remunerado na Modalfa é o prémio para o vencedor do programa.


                  

Vem aí o festival "despido de preconceitos"

Chama-se Lisbon Unplugged, vai decorrer de 10 e 11 de Setembro na Tapada da Ajuda em Lisboa, e pretende ser mais do que um festival que se foca só na música. Vanessa Cotrim, da produtora Entre Vírgulas, responsável pelo projecto e pelas festas Lesboa que decorrem na capital, explicou hoje em conferência de imprensa que este será um "festival dedicado à diversidade", sendo dirigido a todos que se "queiram desligar de preconceitos durante dois dias". Segundo a porta-voz “são esperadas entre 10 a 15 mil pessoas” naquele que poderá ser "o mini-Woodstock português". Outra novidade é que os participantes poderão acampar na Tapada da Ajuda.

Nomes da cena musical nacional e internacional como Jay-Jay Johanson, The Veils, David Fonseca e Rita Redshoes estão já confirmados. Vanessa Cotrim sublinhou ainda a importância da vertente sustentável deste festival que também alerta para uma consciência na redução de lixo. Uma das várias acções será a "salvo o copo" que se traduz em cada participante conservar um único copo durante o Lisbon Unplugged. A vertente artística está a cargo de Luís Castro, da associação cultural Karnart, que afirmou que neste evento serão dadas oportunidades a "artistas jovens ou que costumam estar fora dos circuitos habituais".

O Lisbon Unplugged conta com o patrocínio da Beck’s, Lufthansa Italia e Mybrand e do Turismo de Lisboa e da EGEAC como patrocinadores institucionais. Os bilhetes estão à venda nos CTT e no local do evento. Um dia no recinto custa 25 euros, o passe para os dois dias custa 40 euros.

Cartaz, horários e entrada

O festival arranca na sexta-feira, 10 de Outubro, com abertura de portas às 16h. Os concertos, no Palco da Diversidade, começam a partir das 17h, com Berlam e Banda Larga, Lula Pena, Torino, Jay-Jay Johanson e, a fechar, Rita Redshoes. Segue-se, a partir da 1h30, a Matinée World Tour, do grupo espanhol Matinée, com os DJs G-Martin e Romullo Azaro e animação a cargo dos Matinée Dancers. No Sábado, 11 de Outubro, as portas abrem às 10h, com várias actividades, a cargo do Povo da Floresta. Os concertos, no Palco da Diversidade, começam a partir das 17h, com Sinamantes, Betty, Au Revoir Simone, Nikolaj Grandjean, David Fonseca e, a fechar, The Veils. Segue-se, a partir da 1h30, a Matinée World Tour, do grupo espanhol Matinée, com os DJs Enrico Arghentini e Tânia Pascoal e animação a cargo dos Matinée Dancers.

A entrada para o festival localiza-se na Estrada do Alvito, entre o Clube de Ténis do Monsanto e o Bairro do Alvito.

Argentina: "Hoje somos uma sociedade um pouco mais igualitária do que na semana passada" (vídeo)

"Hoje somos uma sociedade um pouco mais igualitária do que na semana passada" é uma das muitas frases citadas pela imprensa internacional, do discurso de Cristina Kirchner, Presidente da República da Argentina, que promulgou ontem a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Estas questões têm a ver com a condição humana, com a aspiração e a igualdade. São coisas que não nos podem dividir, mas unir", afirmou a Chefe de Estado. "Com esta lei não se tirou nada de ninguém, deram-se direitos a que não os tinha", declarou ainda a governante.

Kirchner, relembrou Evita Perón, quando há 58 anos foi concedido o direito ao voto às mulheres argentinas, destacando como este passo é importante para a mudança social do país.

A Federação Argentina de Defesa dos Direitos dos LGBT (FALGBT) entregou à presidente uma placa com a menção "compromisso e valentia na defesa da igualdade e construção de um país para todas e todos". A lei concede iguais direitos, nomeadamente no que respeita à adopção de crianças.

Após uma enorme polémica e várias manifestações que dividiram a Argentina, colocando de um lado grupos religiosos e do outro activistas dos Direitos Humanos, o casamento foi aprovado pela Câmara dos Senadores na madrugada da passada quinta-feira. Na Argentina mais de 90% da população é católica e vários juízes já vieram a público demonstrar que não pretendem proceder aos casamentos civis. A lei não prevê a objecção de consciência.

A aprovação da lei está a suscitar o debate em vários países da América Latina, como no Brasil e no Paraguai. Recorde-se que na Cidade do México também é possível celebrar ao abrigo da lei o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

                  

Marcha do Orgulho LGBT Porto 2010 (vídeo)

A 10 de Julho realizou-se a 5ª edição da Marcha do Orgulho LGBT no Porto. O dezanove esteve na Invicta e filmou o ambiente que se viveu na tarde de Sábado que começou na Praça da República e não deixou nenhum transeunte das artérias do Porto indiferente ao mote "Existimos, Direitos Exigimos". A banda sonora do vídeo é dos Harlem Shakes com Sunlight. E assim as muitas cores do arco-irís brilharam na Invicta.

             

Quatro mil portugueses já responderam ao maior inquérito do mundo para homens gay

Está a decorrer, durante este Verão, o estudo European MSM Internet Survey (EMIS) o maior estudo sobre homens homossexuais, bissexuais ou outros homens que têm sexo com homens. As respostas obtêm-se através de um questionário on-line disponível em 25 línguas e promovido em 31 países europeus, o que permitirá comparar os dados entre os diferentes países, tornando-se assim o maior do mundo realizado neste âmbito. De acordo com informações recolhidas pelo dezanove, já responderam mais de 138 mil pessoas em toda a Europa, dos quais quatro mil são portugueses.
Este estudo pretende recolher dados sobre comportamentos sexuais e comportamentos relacionados com infecções sexualmente transmissíveis. Os parceiros portugueses são o GAT (Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA), o Instituto de Higiene e Medicina Tropical e a Faculdade de Medicina do Porto. Vários sites de encontros como PortugalGay, BearWWW, GayRomeo e Manhunt estão a colaborar na divulgação deste estudo.
Ricardo Fuertes, psicólogo do GAT, disse ao
dezanove que “este estudo dá uma perspectiva mais objectiva e realista da situação dos homens que têm sexo com homens. Actualmente podemos nascer num país, residir noutro e ter relações sexuais quando estamos de férias no estrangeiro, por exemplo”. “Todas as relações sexuais e com os diferentes parceiros, estáveis ou ocasionais, a forma como a homossexualidade é aceite e entendida nos diferentes países e o acesso que existe à prevenção e aos cuidados de saúde podem ser determinante na prevenção e atendimento de infecções como o VIH e outras infecções sexualmente transmissíveis. Este inquérito pode ser importante para poder chegar a esta visão global”, completa o psicólogo. O questionário pode ser respondido até 31 de Agosto.

TVI não quer beijos gays nos Morangos

 A estação de Queluz decidiu não emitir as cenas de troca de afectos, que incluíam beijos, entre as personagens "Fábio" e "Nuno", na série de Verão de "Morangos com Açúcar", avançou o Jornal de Notícias.

Esta notícia surge após em Junho se ter noticiado que, pela primeira vez, a série incluiria um casal de namorados homossexuais. Nas temporadas anteriores, a série apenas apresentou referências esporádicas à temática, sendo inédita a existência de um relacionamento prolongado entre duas personagens gays. Os personagens interpretados pelos actores Miguel Santiago e Carlos Malvarez, conheceram-se numa discoteca e acabaram por mudar o rumo de uma história que se iniciara na série anterior com a personagem Fábio a assumir desde sempre uma postura homofóbica.

José Pinto Carneiro, argumentista da série, explicou em Junho ao Jornal de Notícias que "as cenas já foram gravadas de uma forma realista” e que decidiram arriscar porque "na televisão não se pode dar ainda grandes manifestações de carinho entre homossexuais". A TVI vem agora através da direcção de programas impedir que essas cenas sejam vistas pelo público da série. Recorde-se que os Morangos com Açúcar são líderes junto da faixa etária infanto-juvenil (dos 4 aos 14 e dos 15 aos 24 anos).

Para João Valério,  membro da Direcção da rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes, esta notícia "só demonstra uma regressão de mentalidades por parte da estação televisiva. Comprovando assim o não acompanhamento da evolução justa e positiva que a visibilidade das pessoas LGBT tem tido nos meios de comunicação social." Relembre-se que em 2005 a associação juvenil premiou a actriz Maria Sampaio (que interpretou a personagem Liliana que se apaixona pela melhor amiga heterossexual) pela "atitude positiva que a TVI teria tido em representar uma história de amor não-heteronormativa", pelo que os recentes desenvolvimentos surpreendeem o activista e indignaram vários membros do fórum online da associação.

O jovem activista acrescenta que "a visibilidade é um factor importantíssimo para a mudança de mentalidades e, por isso, não pode haver omissão de uma realidade que faz parte da vida de milhares de jovens no nosso país. Estamos certos que a sociedade portuguesa está mais que preparada para assistir às imagens desta história de amor, que afinal é igual a tantas outras. Há excesso de moralismo quando se decide que as pessoas não estão preparadas para algo sem que isso lhes tenha sido perguntado. O argumento da "falta de preparação" da sociedade é por isso falacioso e instrumental, constituindo há muito um dos entraves que impede um grande número de pessoas, particularmente quando são jovens, de serem livres no que toca à sua sexualidade e aos seus afectos" remata o dirigente da associação LGBT.

Toda a história de Fábio e Nuno já motivou a criação no Youtube de um canal dedicado ao casal gay por um fã da série. Resta agora saber se as cenas cortadas alguma vez farão parte deste canal ou permanecerão nos arquivos inconsultáveis da TVI.

Para o Presidente do Zimbabué o casamento 'gay' é "comportamento de cão"

Robert Mugabe, que comanda o Zimbabué com mão de ferro há mais de 30 anos declarou junto de vários membros da Igreja Anglicana daquele país que "o casamento gay equivale a um 'comportamento de cão'".  O chefe de estado do Zimbabué reafirma assim a sua postura contra os direitos das pessoas LGBT no momento em que se encontra a levar a cabo uma reforma na Constituição do país. Esta reforma está a ser efectuada em conjunto com o primeiro ministro, Morgan Tsvangirai, num dos poucos assuntos em que concorda com o presidente, dado estar também contra o reconhecimento de direitos por parte dos LGBT. Na nova Constituição "a poligamia será salvaguardada", afirmou o presidente zimbabueano.
Não é a primeira vez que Mugabe causa este tipo de polémica, há cerca de dez anos, o presidente da antiga Rodésia, que faz fronteira a leste com Moçambique e é limitado a sul pela África do Sul, considerou os homossexuais "piores do que porcos e cães" a propósito de alguns bispos da Igreja Anglicana do país terem afirmado tolerar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Noite Porto: Quando fazer um show travesti é uma viagem (vídeos)

Ambiente jovem, música comercial, algumas batidas mais fortes e, de vez enquanto, uma voz soa aos microfones: “Shots no balcão”. É esta a fotografia que se pode fazer do bar Pride, no Porto. Fora o hall de entrada, pode-se escolher entre um espaço com sofás e bar, para uma conversa, ou optar pela pista de dança, com colunas, palco e bastante espaço. Para quem está habituado aos preços elevados das discotecas da capital, as ofertas da casa não deixam de ser surpreendentes. Quando a música é interrompida pela frase mágica, “Shots no balcão”, uma multidão corre ao bar para se servir, fazer o brinde, e continuar a dançar.

Enquanto na pista de dança, as luzes psicadélicas e a música leva a maioria ao rubro, no camarim o ambiente é mais calmo. O dezanove esteve na preparação de mais um show deste bar da Invicta. Quatro artistas fazem os últimos retoques. Uma das artistas, transexual, não se incomoda com a equipa do dezanove e retoca a maquilhem de tronco nu. Os outros três calçam as meias, compõem as roupas que não passam despercebidas e preparam o espírito para mais uma noite em que chega a personagem criada. “É uma personagem criada por ele, durante o dia”, afirma um dos artistas ao dezanove.

Durante o dia é “ele”, à noite gosta de ser “ela”. Uma vida que parece ser dupla apenas na conversa, já que na sua vida todos sabem a arte que leva ao palco à noite. As roupas nem sempre são compradas. Algumas são feitas pelos próprios artistas. Durante as conversas com o dezanove, confessam que não consideram Portugal um país preconceituoso, “principalmente o Porto”. Claro que as pessoas não são indiferentes. “Olham” tal como olham como para um “careca, gordo ou grávida”. Sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, as opiniões são unânimes: “Já vem tarde”.

A música pára, abre-se o palco e as divas da noite sobem para mais um espectáculo de sucesso, como lhe chamam. Mesmo aqueles que não gostam de confusão, podem ver o show do bar lá de fora. Existe um pequeno televisor que transmite em directo o que se passa no palco da sala da dança. “Viajo”, disse ao dezanove um dos participantes no show pouco antes de entrar em palco.




Belmiro Pimentel: "Eu… Tive um sonho"

 

Foi o discurso que mais aplausos recolheu na tarde de Sábado na Praça D. João I protagonizado por Belmiro Pimentel, o rosto visível dos agentes da PSP que assume publicamente a sua orientação sexual homossexual.

O XY é um grupo de trabalho dentro do Sindicato Unificado da Polícia no qual o agente Belmiro colabora e que entre outras missões quer mostrar que os polícias LGBT existem e são como qualquer outro polícia, merecedores de igual respeito e não só merecedores do 'politicamente correcto'. “A maioria dos meus colegas conhece bem o meu trabalho, mas não sei como reagiriam se me vissem dar um beijo ao meu namorado” comenta Belmiro Pimentel no final da quinta edição da Marcha do Orgulho LGBT do Porto.

Porque há discursos que merecem ser relidos, o dezanove transcreve na íntegra as palavras do agente Belmiro:

 

Eu… Tive um sonho

Nesse sonho, era surdo e não ouvia os disparates constantes sobre a comunidade LGBT, as piadas e os risinhos fáceis, de escárnio, que dia a dia nos são direccionados;

Nesse sonho eu era cego e não via os olhares de censura, de repúdio, de ódio, com os quais todos os dias nos deparamos;

       Nesse sonho eu era mudo e não podia ensinar-lhes, explicar-lhes que estão errados a meu respeito, não podia reagir a tanto absurdo que nos vai    destruindo, matando pouco a pouco;

 Como tal nesse sonho, eu não podia ser feliz, pura e simplesmente por não ser eu, por não me sentir pessoa, não ter identidade própria.

Eu acordei porque estava na hora de dizer: Basta!

Porque eu tenho uma identidade.

Porque se eu… sou uma pessoa com os mesmos deveres, também tenho de ter os mesmos direitos.

Acordei para descobrir que:

Não sou eu que sou surdo, és tu que teimas em não ouvir;

Não sou eu que sou cego, … és tu que insistes em não quereres ver o quanto estás errado;

Não sou eu que sou mudo, … mas tu, que por mais que te pergunte: Porquê?

Ficas sem resposta e te escondes atrás de um preconceito já absurdo, limitando-se a nada dizer com fundamento, que é o mesmo que estar calado;

Enquanto não me quiseres receber, a mim, que sou LGBT, jamais poderei admitir que fales do que não conheces.

Até lá para mim… continuarás a ser surdo, cego e mudo.

Acorda para a vida, evolui… repara que já estás no século XXI!

O meu nome é Belmiro Pimentel, sou agente da PSP e estou aqui para vos dizer que tenho Orgulho de ser quem sou!”

 

Porto, 10 de Julho de 2010

 

 

 

Check-in: Embarque consciente para o consumo de drogas e práticas sexuais

O Check-in, um projecto que pertence à Agência Piaget para o Desenvolvimento, esteve no Porto Pride, que decorreu no último Sábado. Hugo Carabineiro, 32 anos, justificou ao dezanove a presença. “Queremos que as pessoas estejam conscientes dos riscos e queremos dotá-las de informação e ferramentas para gozarem os seus prazeres sem riscos, sem recorrer a falsos moralismos. Entre esses prazeres encontram-se as práticas sexuais e o uso de substâncias”, refere o psicólogo. O grupo vai estar presente em vários festivais de Verão, como o Marés Vivas, Paredes de Coura, NeoPop, Boom Festival, Andanças ou Azurara Beach Party.

Na mesa do Porto Pride podiam encontrar-se preservativos masculinos e femininos, vários panfletos com os efeitos, consequências e conselhos do uso e/ou abuso de substâncias como MDMA (ecstasy), anfetaminas, cocaína, álcool, tabaco e tubinhos para snifar. “Distribuímos estes tubinhos gratuitamente para evitar a transmissão de infecções via nasal, por vezes existem pequenos sangramentos e, por isso, são objectos que não se devem partilhar, e não apenas as seringas”, alerta Hugo Carabineiro. “Algumas pessoas usam notas enroladas, porque acham que não há risco de transmissão de doenças. Com estes tubinhos é bem mais higiénico”, acrescenta.

“Nos festivais costumamos ainda ter testes de alcoolemia, tampões para os ouvidos, que reduzem cerca de 30 decibéis e permitem continuar a ouvir a música perfeitamente, borrifadores de água para refrescar e atenuar a temperatura do corpo. É uma forma de meter conversa e alertar para a necessidade de hidratação durante os festivais”, comenta Hugo.

No entanto, uma das acções de maior incidência do Check-in é a sensibilização para que os participantes que usam substâncias durante os festivais façam pausas durante a dança e controlem a temperatura corporal regularmente, de modo a evitar golpes de calor que afectam o sistema cardiovascular e que podem levar, em última instância a um colapso cardíaco.

Os Guerreiros de Esparta estão de volta. O Porto já tem uma equipa gay de rugby

 

“A ideia surgiu com o nascimento da equipa de Lisboa, os Dark Horses, onde temos vários amigos”, comenta ao dezanove Fernando, de 30 anos, um dos membros dos Oporto Spartans, a nova equipa gay de rubgy do Porto. 

A escolha do nome da equipa resultou de um brainstorming entre vários membros do grupo, que queriam o nome que transmitisse a força de vencer, mesmo em menor número do que os adversários. “Por isso lembramo-nos dos Guerreiros de Esparta. A simbologia foi a votos no nosso fórum e foi logo acolhida por todos”, refere Fernando, que começou a organizar este grupo há pouco menos de cinco meses. Desde então, esta equipa composta por cerca de 15 homens tem treinado em alguns parques da cidade Invicta duas vezes por semana. “Não limitados ninguém à orientação sexual, todos que gostem de desporto são bem-vindos. O nosso objectivo é permitir a todos que gostem de desporto colectivo essa possibilidade, sem que sejam apontados, discriminados ou lhes estejam sempre a perguntar pela namorada”, adianta. O Oporto Spartans tem uma página na internet e um grupo no Facebook. A próxima meta está definida: “Daqui a um ano pretendemos participar na Union Cup, o torneio de rugby gay de Amesterdão.”

Argentina: O primeiro país na América Latina com casamento (vídeo)

O Senado argentino aprovou esta madrugada o projecto de lei que prevê o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovado a 5 de Maio pela Câmara dos Deputados: A Argentina torna-se assim o primeiro país da América do Sul a permitir legalmente a união entre homossexuais e o décimo no mundo.

O aceso debate durou 14  horas vividas com ansiedade pelas milhares de pessoas pró e contra casamento que aguardavam em frente do Congresso e nas redes sociais pelo resultado da votação. O cantor Ricky Martin, que recentemente se assumiu homossexual, comentavava na sua conta do twitter "Os mesmos direitos com os mesmos nomes para tod@s". A votação, que esteve sempre renhida, foi efectuada por maioria simples, com 33 votos a favor, 27 votos contra e 3 abstenções. Desde o final de Maio os senadores argentinos promoveram uma série de audiências públicas em Buenos Aires e em outras cidades argentinas para ouvir diferentes sectores da sociedade, como entidades religiosas, associações culturais e psicólogos. 

Será agora necessário reformar o Código Civil argentino, alterando as palavras "marido e mulher" pelo termo "contraentes". Esta decisão prevê também igualdade de direitos no que respeita à adopção, heranças e benefícios sociais para casais de pessoas do mesmo sexo.

 

 

 

Ontem, em vários bairros de Buenos Aires decorreram entre as 20h e as 20h30 o “Ruidazo por la igualdad”, isto é, concentrações ruidosas a favor da aprovação da lei, em que os participantes se manifestaram com tachos, assobios e vuvuzelas. No entanto, em frente ao Congresso decorreu uma manifestação contra a nova lei. Segundo os organizadores, estariam 200 mil pessoas, um número que baixa para os 50 mil de acordo com os cálculos da imprensa local.   Desde Dezembro de 2009 que nove casais homossexuais se casaram na Argentina, após apelarem aos tribunais para terem acesso a este direito.

 

 

      

           

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